Campanha Contra Anabolizantes Underground Continua

A comunidade bodybuilding clama por moralização, e regular todo o mercado além da área de suplementação tem sido uma das bandeiras da BLACK SKULL USA. Mesmo sabendo que o uso de esteróides não é estranho no mundo bodybuilding, é importante ressaltar que a venda e comercialização desses produtos são regulados por órgãos específicos aqui no Brasil, além de sua comercialização ser controlada através de prescrição médica.

Com o surgimento de diversos laboratórios underground, a facilidade no acesso tem disseminado o uso e trazido uma grande preocupação em relação à saúde e longevidade dos atletas. A comunidade bodybuilding tem enfrentado um grande número de mortes inevitáveis, mas foi recentemente fomos tomados de assalto por uma morte que poderia ter sido evitada se o uso de anabolizantes fosse mais controlado. A morte de um jovem de 27 anos, Bostin Loyd.

Bostin Loyd era conhecido pelo abuso de anabolizantes em sua página da internet, mostrando e divulgando o seu uso indiscriminado e por isso faleceu em tenra idade de falência renal.

Obviamente, que o uso irrestrito e a facilidade do acesso tem possibilitado a fomentação do vício e isso tem colocado um sinal vermelho diante de todos da indústria do bodybuilding. Jovens entrantes tem valorizado muito mais o uso dos esteróides, do que o real conceito do bodybuilding, que é dieta, treino e suplementação.

Explorar o seu potencial genético com uma boa nutricão, um bom treino e a regulamentação do sono como explica Doutor Yanesko Bella:

“Ao invés de focar num big three de  GH, Insulina e testosterona; vamos focar  no sono, na alimentação e no treino; vai dar muito mais certo do que colocar cimento numa casa de pau a pique, esse é o primeiro ponto.

E estamos tendo uma inversão na pirâmide as pessoas buscam primeiro qual o melhor suplemento alimentar antes mesmo de ter uma boa nutrição, e estamos numa geração fast food.

Então ‘EU Quero o melhor físico, quero estar mais seco’ em três meses isso tudo vem de encontro com a temática de hoje que eles acreditam que os recursos ergogênicos, os anabolizantes serão o elixir dessa conquista e estão totalmente enganados” disse Doutor Yanesko

A campanha por conscientização e moralização do nosso esporte tem sido alvo de campanha para nosso Presidente Caveira Preta que saiu em recente entrevista para o Generation Iron Brasil, explicando o porquê de todo esse cenário. Confira aqui um trecho dessa entrevista logo abaixo:

“Quando esses laboratórios proibidos, clandestinos passam a ser patrocinadores de eventos esportivos, isso traz uma conotação primeiro  muito ruim de incentivo do uso de drogas e segundo traz um risco ao próprio evento, pois essas empresas como clandestinas e as que aceitarem esse patrocínio são corresponsáveis a essa trabalho.

E o Brasil tem uma regulação própria, a regulamentação brasileira para propaganda de medicamentos é muito restrita, você não tem propagando de medicamentos sob prescrição. Lembrando que no Brasil temos diversos tipos de restrição, temos os medicamentos tarja preta que é totalmente controlado que você tem que deixar uma parte da receita pra retirar não tem venda livre, você tem o medicamento tarja vermelha que é sob prescrição e tem os medicamentos OTC, que é over the counting , que é fora do balcão da farmácia que é de auto serviço.

O médico para você ter uma ideia o medico nao pode nem dar uma caneta pro seu paciente com uma marca de medicamento.” explicou Marcelo Bella.

 

Você também pode conferir a entrevista completo nesse link, direto do canal da Generation Iron Brasil.

Com os crescimento do mercado underground/clandestino essas empresas tem se tornado uma grande força financeira em nosso meio se infiltrando em diversos eventos de fisiculturismo, influenciando jovens ao uso indiscriminado, colocando em risco a saúde de muitos.

Fernando Marques, educador físico e importante personalidade em defender a melhor regulamentação desse mercado, tem feito diversos posts para conscientizar a todos nesse meio, tanto promoter quanto atletas, numa tentativa de desmistificar o uso irrestrito de anabolizantes e passar a controlar melhor esse mercado.

 

Antes que casos como Bostin Loyd se repitam aqui no Brasil, precisamos de um melhor controle partindo das autoridades para que a mudança e a conscientização também seja efetiva. Talvez este seja o início de uma mudança radical na forma como a próxima geração lidará com o uso de drogas no fisiculturismo.

No entanto, é essencial que as autoridades responsáveis tomem a frente desse combate para que a mensagem seja passada  que é: priorize sua saúde ao invés de ser o melhor fisiculturista do mundo. No mínimo, quando se trata de anabolizantes.

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