Lee Priest e Mike O’Hearn discutem mortes no fisiculturismo, inatividade e abuso de esteróides

Lee Priest fala com Mike O’Hearn sobre a atual inatividade e saúde dos fisiculturistas em ascensão: “Estou pensando, em fazer mais alguns shows”.

Lee Priest é uma lenda do fisiculturismo conhecido por sua presença nos palcos do passado e vontade de competir com qualquer um no palco. Em uma entrevista com Mike O’Hearn, a dupla discute mortes no fisiculturismo, esteróides e como trabalhar para competir por um show por ano pode afetar negativamente a longevidade de um atleta.

Sempre como um candidato perene por grande parte de sua carreira, o mandato de fisiculturismo de Priest durou dos anos 1980 aos anos 2000 e competiu no Mr. Olympia muitas vezes. Raramente os atletas saem do esporte no topo e Lee conseguiu realizar essa façanha. Ele se aposentou depois de vencer seus últimos três shows de fisiculturismo. Conhecido por sua natureza tempestiva, Lee Priest foi banido da liga IFBB Pro.

Uma de suas realizações mais significativas no esporte veio quando ele venceu o Iron Man Pro de 2006. Após a grande vitória, Lee conquistou títulos no NOC New York 2006 e finalmente terminou sua carreira ganhando o primeiro prêmio no evento NABBA Mr. Universe 2013.

Enquanto isso, Mike O’Hearn é conhecido no esporte por seu físico incrível, apesar de ter mais de cinquenta anos. Mike conquistou o título de Mr. Universe durante seu tempo no fisiculturismo. Além disso, ele afirma ser natural, o que gerou muita polêmica entre os setores de fitness. Após o encontro com Lee Priest, os dois refletiram sobre a nova idade escolar dos fisiculturistas.

Lee Priest e Mike O’Hearn falam sobre os perigos do físico de estar com 300 libras (136kg) o ano todo

Em uma entrevista recente com Mike O’Hearn, Lee enfatiza o quão difícil é carregar mais de 300 libras (136kg) enquanto participa de apenas um show por ano.

“Infelizmente, agora vimos todas essas mortes no fisiculturismo. Gente, assim que tem uma morte aí tipo, ‘esteróides, esteróides!’. Eu fico tipo ‘ok, esteróides provavelmente desempenharam um papel’. Mas também estou pensando muito nesses caras quando competimos, sim, pegamos pesado, mas provavelmente não como muitos caras fazem agora, mas faríamos shows no início do ano, no meio do ano, no final do o ano.

E estou pensando que se você pesar agora, tudo bem, usamos um pouco de drogas, mas mesmo que você tenha usado drogas para um show, cardio na hora do show, você está em boa forma porque está fazendo muito cardio . Lee Priest disse.

Lee argumenta que, como os atletas estão comendo de forma mais limpa durante a preparação, seria vantajoso competir em mais de um show por ano. O veterano do fisiculturismo atesta que, trabalhando em shows extras, mais treinamento cardiovascular é utilizado e, portanto, um estilo de vida mais saudável para o atleta seria um subproduto.

“Você está comendo muito mais limpo, então seu corpo, as gorduras e tudo provavelmente estão funcionando muito melhor. Comparado com os caras agora que fazem um show por ano, eles sentam em torno de 300 libras por dez meses do ano aplicando esteróides para eles, e eu fico tipo ‘sério, o que é pior para você? é ruim, mas se você está com 300 lbs. Você sabe, se você pesa 130kg porque conhece fisiculturistas fora de temporada. É como ‘você quer ir a algum lugar?’

‘Não, não vou passear, posso queimar músculo’ Quer sair? ‘Não, eu tenho que sentar aqui apenas ir para a academia, sentar no sofá e me encher de comida e tomar esteróides. Você sabe que no corpo isso é apenas uma tensão no coração. você não é cardio fit, mas se você fez mais shows, você está fazendo muito mais cardio. Você ainda está usando um pouco de esteróides  sim, mas está fazendo muito mais cardio.

Você está comendo super limpo tão tecnicamente que deve ser melhor para o seu corpo. Os jovens agora estão fazendo apenas um show por ano, estou pensando, faça mais alguns shows. A questão é que agora você não precisa da grande quantidade de aparelhos que você vê crianças pequenas levando.

‘Bem, eu li on-line tal e tal’, é tudo merda de boatos e besteira, é por isso que fico tão irritado quando desde o primeiro dia eu fui sincero com a quantidade. ” Lee Priest disse.

 

O’Hearn credita a genética como um fator importante que afeta os físicos

Concordando com Lee, Mike compartilhou que algumas pessoas que frequentam a academia Gold’s Venice passaram de pequenas a enormes em um curto período de tempo. O’Hearn credita a genética como um fator importante e acredita que o que pode funcionar para um indivíduo não significa necessariamente que funcionará na próxima pessoa.

“Você e eu estivemos neste esporte a vida toda e é engraçado porque estou no Gold’s Venice há mais de trinta anos. Eu vi esses caras entrarem lá e vi caras irem do nada para algo enorme. Não é por causa da quantidade de drogas, eles não estão tomando muito, e não é sobre o que eles o volume de carga que eles estão levantando, eles não estão treinando muito pesado, mas apenas geneticamente que seu corpo absorve, utiliza.

E eu já vi outros caras entrarem na academia levantando uma quantidade enorme de peso e pegando uma carga de equipamentos e parece pior, e pior e pior até que eles desistem. Você recebe seu kit de correspondência, ‘ei, eu tenho minhas drogas, vou comer melhor e treinar pesado e ser o Mr. Olympia. Só não chega nem perto disso.” disse Mike O’Hearn.

A atenção à longevidade é importante para O’Hearn e especialmente para Lee, que está passando por uma transformação física. Com uma dieta criada pelo renomado treinador de fisiculturismo, Chris Aceto, Lee vem se alimentando de forma disciplinada para melhorar seu físico. Apesar de uma lesão nas costas que sofreu há alguns anos, o recente empreendimento de Priest mostra seu compromisso com o esporte.

Aos 52 anos, a construção estética de O’Hearn parece incrível, e ele certamente aprendeu como seu corpo funciona e consegue  manter um físico por um longo período de tempo. Mike e Lee acreditam que usar esteróides, comer demais e competir apenas em um show por ano são fatores para o crescente número de mortes no esporte.

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